Como saber se estou com micose de unha? Sintomas e Diagnóstico

Como saber se estou com micose de unha? Sintomas e Diagnóstico

Micose nas unhas é um problema bastante comum. Sua incidência é maior em adultos com mais de 40 anos, pessoas com diabetes, HIV, má circulação do sangue periférico, obesidade ou qualquer imunossupressão.

Normalmente começa com manchinhas amarelas ou esbranquiçadas nas unhas. Às vezes deixam as unhas descoloridas, quebradiças, rígidas, mas geralmente não causam dor.

Boa parte das pessoas, por não sentirem dor ou não se incomodarem com a aparência das unhas, acabam não procurando tratamento para a micose de unha.

A falta de tratamento é prejudicial pois, além de poder contagiar outras pessoas, a doença pode se agravar, especialmente se você tem uma condição de imunidade baixa ou doenças como diabetes. Porém, quando tratada no início, a micose regride mais rapidamente e você terá suas unhas saudáveis novamente em pouco tempo.

Além disso, há outras alterações e doenças das unhas que podem ser confundidas com micoses, o que é mais um motivo para a busca do diagnóstico precoce. Por isso, vamos entender como você pode identificar a micose de unha e o que você precisa fazer a respeito.



-> Leia também: "Por que idosos e diabéticos têm mais micoses e são mais difíceis de tratar?"


 

O que é micose?


Micose é um termo genérico que se refere à infecção causada por fungos. Há mais de 250 mil fungos na natureza. Desses, cerca de 200 são capazes de causar micoses. Os fungos podem ser encontrados no ar, no solo, na água, em troncos apodrecidos, em vegetais, frutas.

Quando os fungos que infectam nosso corpo conseguem se reproduzir de uma maneira que nosso organismo não consegue controlar, eles podem causar as infecções fúngicas, portanto, as micoses.

As micoses podem acometer várias partes do corpo, como a camada mais externa da pele, pelos e unhas, bem como partes mais profundas, disseminando-se por meio da circulação sanguínea ou linfática, para órgãos internos, como pulmões, intestinos, ossos, sistema nervoso etc.

Nesse artigo, vamos entender um pouco mais sobre as micoses de unha, especificamente.

O que é micose de unha, quais seus sinais e sintomas, como fazer o diagnóstico e qual o tratamento?
 

O que é micose de unha?


A infecção fúngica da unha – e tecidos ao redor – é conhecida como “Onicomicose”. Ela pode ser provocada por grupos de fungos chamados de leveduras, por fungos não dermatófitos e, principalmente, por fungos dermatófitos.

Isso porque os fungos dermatófitos são aqueles que utilizam a queratina (proteína presente na pele, pelos e unhas) para a realização de suas funções vitais.

Portanto, são os principais agentes de onicomicoses, sobretudo nas unhas dos pés.
 

Quais os sinais da Onicomicose (micose de unha)?


Os sinais mais comuns da onicomicose (micose na unha) são:
 

  • Variação da cor da unha, que se torna esbranquiçada e/ou adquire tons amarelados ou escuros;
  • Descolamento da borda livre que começa pelos cantos da unha e deixa um espaço oco sob a unha, onde se acumulam fungos, bactérias e restos de queratina;
  • Espessamento – as unhas ficam mais duras, mais grossas e opacas;
  • Manchas brancas na superfície da unha;
  • Destruição da unha e deformidades porque se tornam mais frágeis e quebradiças.


Contudo, essas alterações nas unhas também podem ocorrer motivadas por outros agentes infecciosos, como bactérias e vírus, decorrentes de doenças sistêmicas, congênitas, endócrinas, por deficiências nutricionais, traumas, uso de fármacos, entre outros, como veremos a seguir.

Portanto, cuidado para não confundir onicomicose (micose de unha) com outras doenças.
 

Doenças que podem ser confundidas com Onicomicose- Micose de Unha


Veja algumas doenças que apresentam alterações nas unhas, semelhantes às causadas pelas onicomicoses (micose de unha):
 

  • Psoríase ungueal: as unhas podem apresentar alterações como depressões puntiformes, manchas (áreas localizadas, de pigmentação marrom-clara), descolamento da parte da unha do leito ungueal, espessamento e esfarelamento da unha;
  • Tumores benignos e malignos: afetam a unha causando deformidades. O melanoma, tumor maligno raro, mas muito agressivo, manifesta-se por manchas de coloração marrom a negra, podendo invadir a região da pele em torno da unha;
  • Distúrbios da tireoide, deficiências hormonais e vitamínicas no idoso: podem deixar as unhas frágeis e quebradiças;
  • Infecções por bactérias (Pseudomonas): causam a síndrome das unhas verdes, uma infecção que se caracteriza pela presença de manchas verde-azuladas nas unhas. Ocorre geralmente em pacientes com descolamento da unha do leito ou paroníquia crônica (infecção da região em volta da unha), cujas unhas ficam imersas na água por longo período;
  • Traumas: podem originar a formação de hematoma subungueal (embaixo da unha), pigmentação preta-azulada, causando dor significativa e palpitante;
  • Alopécia areata: doença que provoca queda de cabelo subitamente, deixando formas arredondadas irregulares, e também pode tornar as unhas ásperas e opacas, com aspecto de lixa.


Em razão da dificuldade de distinguir os sinais de uma micose e de outras doenças ou disfunções, o diagnóstico só pode ser realizado através de exames laboratoriais.
 

Diagnóstico correto da onicomicose (micose de unha): exame micológico


A preparação do paciente e a coleta de escamas subungueais (embaixo das unhas) para o exame micológico são essenciais para a obtenção do diagnóstico correto e sucesso na conduta terapêutica das micoses de unhas.

Conheça as orientações para a realização do exame micológico.

O paciente deve suspender o uso de qualquer medicamento antifúngico oral (por pelo menos um mês) e tópico (por uma semana) antes de realizar o exame.

Também não pode cortar, limpar ou pintar com esmalte ou base unhas a serem examinadas.

Durante o exame:
 

  • As regiões de onde as amostras serão coletadas devem ser limpas com gaze ou algodão com álcool a 70%, para eliminar contaminantes bacterianos superficiais;
  • Os fragmentos de unhas alteradas podem ser colhidos raspando-os com o bisturi ou com o auxílio de uma tesoura limpa;
  • O material que se deposita embaixo da unha pode ser retirado cuidadosamente com o bisturi, com um palito (tipo de manicure), ou outro objeto pontiagudo, sempre previamente esterilizado. Procurar penetrar bem e colher sempre na região limite entre a parte saudável e a afetada pelo fungo, pois é o local onde estão as estruturas fúngicas viáveis para o exame laboratorial;
  • Desprezar sempre as escamas mais externas ou o material mais superficial, pois se encontram contaminados com a poeira.


O exame micológico, que compreende o exame direto e a cultura, identificará o fungo que está causando a micose e o dermatologista ou podólogo poderá indicar o tratamento eficiente.
 

Como tratar micose na unha


O tratamento a ser indicado pelo podólogo, médico ou especialista depende do quadro de cada paciente. O tempo do tratamento de micose de unha no pé costuma ficar em torno de 6 a 12 meses, mas também varia de acordo com as condições e o organismo de cada um.

Geralmente, envolve visitas mensais a um podólogo para o corte adequado da unha e remoção do acúmulo de células mortas, que são o alimento do fungo. Também podem ser prescritas medicações antifúngicas orais ou tópicas, tratamentos como Ozonioterapia e Laserterapia.

O tratamento deve ser seguido à risca, pelo tempo indicado pelo podólogo ou médico, mesmo que os sinais e sintomas pareçam ter “desaparecido”. Às vezes esses sinais e sintomas somem antes que a doença seja completamente curada.
 

Como se prevenir de micose na unha


Visto que é sempre melhor prevenir do que remediar, saiba que observar alguns hábitos de higiene são os fatores mais importantes na prevenção das micoses. Lembre-se sempre de:
 

  • Após o banho, secar cuidadosamente mãos e pés, inclusive entre os dedos.
  • Evitar andar descalço ou usar sandálias em locais que estão sempre úmidos, como vestiários, saunas e lava-pés de piscinas;
  • Não usar calçados fechados por longos períodos e optar pelos mais largos e ventilados, com material que permita aos seus pés “respirarem”;
  • Levar seu próprio material quando for à manicure, como alicates, lixas e palitos de unhas, e não usar unhas artificiais.


Se você ainda tem alguma dúvida sobre micoses, ou quer conhecer mais dicas e informações sobre podologia, visite o nosso blog ou entre em contato!



-> Leia também: "Joanete: o que é, como prevenir e a importância do calçado."

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